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Conheça a história da Rô Almeida da Baú D’Avó – Jundiaí/SP

Este mês estamos inaugurando uma nova seção no nosso blog chamada Conte sua história. Nessa seção, você, vendedora ou vendedor do Elo7, fica à vontade para contar sua história de vida e a história de sua marca para nossos leitores. É mais um canal para divulgação dos trabalhos e marcas expostos no Elo7.

Tivemos o prazer de ter a Rô Almeida, da Baú D’Avó, fazendo a estreia da nova seção conosco. A Rô faz bolsas e acessórios lindos e temos certeza que é mais um caso de sucesso que o Elo7 está apresentando a vocês.

Rô, parabéns pelo seu trabalho e obrigada por aceitar nosso convite.

Um beijo,

Mônica Ipolito.

A minha vida no mundo do artesanato começou muito cedo pois aos 8 anos fiz a minha primeira boneca de pano. Quis aprender com uma vizinha muito talentosa que tínhamos na época, uma senhora muito simpática. Ela me ajudou, dando as dicas e fazendo uns arranjos aqui e ali. Passei uma tarde inteira na casa dela e saí com a minha boneca na mão, com um sorriso que vinha de orelha a orelha. Ainda me lembro do orgulho que a minha avó (saudades) sentiu de mim naquele dia.

Oito anos e já sabia que linhas, agulhas e muita arte fariam parte da minha vida.Sempre fui dada aos trabalhos manuais, tudo se tornava fácil quando envolvia minhas mãos. Parecia que elas tinham vida própria e eu me sentia realizada ao finalizar qualquer peça.

Mas ao longo do tempo tive que fazer o que todos ou a grande maioria faz, tive que trabalhar, e é claro que de preferência na minha área de formação. Sou Designer e sempre trabalhei em agências e editoras na área de criação e produção gráfica.Quando engravidei dos meus gêmeos, fui obrigada a parar, pois a minha gravidez era de risco e tinha que repousar. Tive os meus Pedro e Artur e então resolvi me dar uma chance, sair da loucura de não ter horários de trabalho, falta de tempo para a família e para mim, stress do dia-a-dia. Abri um ateliê de pintura country depois de nove meses do nascimento das crianças, dava aulas, criava peças novas para a venda e o melhor, o ateliê estava a 10 minutos de casa. Caso os pequenos precisassem de mim, sairia correndo e atenderia às necessidades deles, afinal eles eram e são prioridades até hoje. Mas ainda assim, tinha muitos problemas, aluguel do ponto, telefone, estrutura, estoque, tudo para administrar e pagar. Isso me consumia também, pois havia mês que o que entrava pagava as contas e tinha mês que não, então o meu marido entrava com o bolso dele, o que não achava justo. Depois de 3 anos fechei o ateliê e nos mudamos para Jundiaí.

Eu não queria mais abrir nada e também não queria voltar para a minha área. Nesse momento eu me perguntei, o que fazer em minha vida?

Foi então que comecei a me interessar por costura, patchwork mais especificamente. Fiz algumas colchas para camas de solteiro, comecei fazer outras coisas também, como jogos americanos, toalhas de mesa e finalmente comecei a fazer bolsas. Sempre amei acessórios. Fiz uma bolsa para mim e um dia passeando com ela, uma cliente que tenho até hoje me fez tirar todas as coisas de dentro da bolsa e colocar numa sacolinha de plástico, pois ela queria aquela bolsa. Eu disse a ela que faria outra igual, mas ela não aceitou a proposta…rsssss.Então o meu marido na época me questionou sobre a possibilidade de ter uma loja virtual. Comecei a procurar na Internet e achei o Elo7. Achei interessante mas precisava criar um nome para a minha loja e naquele momento me lembrei da minha avó querida. Ela amava essas coisas e sabia fazer um crochê como ninguém. Aliás, ela costurava também e foi olhando o que ela fazia que aprendi a costurar. Nunca fiz curso para isso. Minha avó queria me deixou uma herança que é o meu xodó até hoje, uma máquina Singer antiga, uma verde Zig Zag, de ferro, pesa muito, rsssss.

Naquele momento nascia o nome da loja que seria Baú D’Avó e o logo uma rosa em homenagem a ela, minha querida avó Rosa, mulher de fibra que criou os filhos, os netos, viu alguns bisnetos e até um tataraneto.
Hoje meu ateliê fica num cantinho de casa, assim posso ficar mais perto dos meus filhos, cuidar melhor do meu marido e de mim. Nele passo o dia, desenhando moldes, cortando, costurando e aplicando frufrus. Em meio aos tecidos, fico inventando os mimos que deixam muitas mulheres felizes, minha alegria é gigante quando vejo a satisfação de uma cliente abrindo o pacote e dizendo: “Rô, que linda, vou usar agora mesmo!”, ou me mandando um e-mail elogiando o acabamento e o produto.

Tenho vendido também para lojistas. O último pedido foi para uma loja de Búzios e segundo a dona, os meus produtos são encantadores. Fala a verdade, não é ótimo ouvir isso?

Eu procuro fazer produtos com materiais de qualidade e primo pelo acabamento, sou muito exigente com as minhas coisas, às vezes chego a desmanchar tudo que fiz porque acho que não ficou bom, o meu marido fala que sou doida, pois ele não está vendo nada de errado. Coisas do handmade, que faço questão de manter.

Graças a Deus, tenho muitas encomendas através do meu site e da loja do Elo7, sem contar os pedidos de amigas, e do famoso boca a boca que me rendem boas vendas. Com as vendas, consigo ajudar no orçamento da casa, comprar coisas que preciso e repor o estoque de tecidos, que eu adoro!
Estou satisfeita com o resultado obtido através do meu esforço e dedicação, pois me sinto em paz e realizada, nada como trabalhar e ser valorizada por todos.

Você já passou lá no Baú D’Avó?

Um abraço,

Rô Almeida.

www.baudavo.com.br
www.elo7.com.br/baudavo

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