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E se Santo Antônio virar moda?

Santo Antônio é conhecido como o santo casamenteiro e é protetor de várias noivas no Brasil. Algumas noivas, nas festas de seus casamentos, além de jogar o tradicional buquê para as amigas solteiras, tem jogado também um boneco do Santo Antônio. É uma idéia muito legal para as noivas de plantão que buscam algo novo em seus casamentos e que querem com certeza que todas as amigas solteiras estejam animadas para serem as próximas a se casarem. As amigas solteiras têm mais um motivo agora para lutarem pra pegar o presente da noiva, afinal quem não quer ganhar um boneco de Santo Antônio?

No último dia 13 de setembro, o pessoal do Elo7 esteve no casamento da Milena Soares, em São José do Rio Preto, SP, e presenteou-a com um boneco de Santo Antônio para que fosse jogado na festa de seu casamento. Milena é devota do Santo e inclusive fez questão de ter um santo decorando a mesa da entrada do salão onde foi realizada sua festa.

Só que no momento de jogar o boneco, o que foi anunciado pelo seu próprio noivo Selvio, Milena não resistiu e pediu para ficar com ele, afinal o boneco era lindo demais e ela não teve coragem de dá-lo pra ninguém…

Milena, o pessoal do Elo7 te perdoa dessa vez ;-) mas espera que outras noivas consigam jogar o boneco das próximas vezes para assim darem sorte a uma outra amiga solteira. Que você e o Selvio sejam muito felizes em seu casamento!

Lojas no Elo7 que vendem o boneco de Santo Antônio:

Adornare Bordados e Bonecas
Bu & Gi Atelier
Mei Arteira
As Comadres
Artes da Crica

Conheça um pouco mais a história do santo casamenteiro:

Santo Antônio de Lisboa (Lisboa, 15 de Agosto de 1195 – Padua, 13 de Junho de 1231), de seu nome de batismo Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo é também conhecido como Santo Antônio de Pádua, por ter vivido e falecido nessa cidade italiana.Nascido e criado em Lisboa, aos quinze anos entrou para um convento e em 1220, com vinte e cinco anos, impressionado pela pregação de alguns frades que conheceu em Coimbra enquanto estudava no Mosteiro de Santa Cruz, trocou o seu nome por Antônio e ingressou na Ordem dos Franciscanos. Era um pregador culto e apaixonado, conhecido pela sua devoção aos pobres e pela habilidade para converter heréticos.

Leccionou ainda teologia em várias universidades européias, tendo passado os últimos meses da sua vida em Pádua.

Santo Antônio detém o recorde de canonização da Igreja Católica: foi declarado santo menos de um ano decorrido sobre a sua morte, em 30 de Maio de 1232 (11 meses e 17 dias após a sua morte).

Iconografia e veneração

Muitas das suas estátuas e imagens representam-no envergando o traje dos frades menores, segurando o Menino Jesus sobre um livro, enquanto outras o mostram a pregar aos peixes (objeto de um sermão do Padre Antônio Vieira, séculos mais tarde), tal como São Francisco pregava aos pássaros. Além disso, é ainda considerado padroeiro dos pobres, sendo invocado para ajudar a encontrar objetos perdidos, numa oração conhecida como os responsos (no que é similar a São Longuinho, outro santo católico menos conhecido).

Santo Antônio de Lisboa é enfim comummente considerado como um santo casamenteiro; segundo a lenda, era um excelente conciliador de casais.

No Brasil, muitas moças afoitas por encontrar um marido costumavam retirar o bebê dos braços das estátuas do santo, prometendo devolvê-lo depois de alcançarem o seu pedido. Por esse motivo, alguns párocos mandavam fazer a estátua do santo com o Menino Jesus preso ao corpo do santo, evitando assim o seu sequestro.

Outras jovens colocam a imagem de cabeça para baixo, dizem que só a mudariam de posição quando Santo Antônio lhes arranjasse marido. Estes rituais são geralmente feitos na madrugada do dia 13 de Junho. Outro facto pitoresco digno de nota, é quando a estátua se parte nestas lides – nesse caso, os cacos devem ser juntos e deixados num cemitério…

Numa outra cerimônia, conhecida como trezena (por ter a duração de treze dias), os fiéis entoam cânticos, soltam fogos, e celebram comes e bebes junto a uma fogueira com o formato de um quadrado. Essa festança acontece entre 1 e 13 de Junho – é a famosa festa de Santo Antônio.

Ainda há um outro costume que é muito praticado pela Igreja e pelos fiéis. Todo o dia 13 de Junho, as igrejas distribuem aos pobres os famosos pãezinhos de Santo Antônio. A tradição diz que esse alimento deve ser guardado dentro de uma lata de mantimento, como garantia de que não faltará comida durante todo o ano. Há quem diga que o pão não mofa, mantendo-se íntegro pelo período de um ano.

Lenda de Santo Antônio

Em Minas, corre de boca em boca uma lenda que, certamente, tem contribuído muito para que se alastre entre os montanheses a crença nos méritos de Santo Antônio de Lisboa, ou de Pádua, como providencial casamenteiro.

Conta-se que uma jovem muito linda, mas cansada de esperar por um noivo que não chegava, já desesperançosa de encontrar marido, se apegou com Santo Antônio. Foi ao santeiro da cidade, adquiriu uma imagem daquele pio varão que no século chamou-se Fernando de Bulhão, fê-la benzer, colocou-a no oratório e ali lhe levava, todos os dias, o seu fervoroso responso, as flores que colhia no jardim e o vintenzinho de promessa.Mas, passaram-se semanas, meses, anos… e nada. O noivo não aparecia, nem se falava na redondeza que algum mancebo ou mesmo, à falta de outro, algum velhote ricaço se tivesse por ela inclinado. Certa vez, depois de consultar o espelho e ter descoberto prenúncios de pés de galinha, se pôs a lamentar da ingratidão do santo, chegando mesmo a ser repreendida pela progenitora. E, desapontada pelo poder miraculoso do taumaturgo, toma a imagem e, no auge do desespero, atira-a pela janela a fora.

Passava na rua, naquele momento, um jovem cavaleiro que a recebe, em cheio, sobre a cabeça. Apanha-a, intacta e sobe a escada do sobrado, de uma de cujas janelas partira a imagem. Vem recebê-lo, por notável coincidência, a formosa e geniosa donzela. Apaixona-se por ela o cavaleiro e, tempos após, acabam casando, naturalmente por milagre do santo.

Depois dessa estória, o santeiro da cidade não mais teve mãos a medir…

Basílica de Santo Antônio em Pádua, Itália. Foto: Mônica Ipolito

Praça em Pádua, Itália. Foto: Mônica Ipolito

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