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E se isso virar moda – Capas para instrumentos musicais da Tenda de Retalhos

Todo músico profissional ou amador tem uma relação de carinho com o instrumento que pratica. É dessa relação que surgiu a ideia primária da Tenda de Retalhos. Ao invés das tradicionais capas pretas, por que não utilizar a velha técnica de patchwork modelada para formatos maiores como violões, guitarras e baterias?

E assim começou a ideia primária. Porque a partir desta, as formas de produção foram aparecendo. Um dia, lendo uma entrevista de um artista que Caroline admira muito, Frans Krajcberg, surgiu a ideia complementar. Krajcberg é um artista plástico polonês, radicado no Brasil. Ele construiu a sua obra em cima de madeiras recolhidas em queimadas e desmatamentos pelas florestas brasileiras. A beleza que ele impôs naquele material retorcido sempre a deixou impressionada.

“Então eu pensei, por que não utilizar retalhos descartados por confecções, estofarias, ateliês e outras atividades que trabalham com tecidos?”

Assim nasceu a Tenda de Retalhos, com a proposta de vestir instrumentos musicais com segurança e beleza, reaproveitando retalhos descartados. A preocupação com o meio ambiente está mais presente até do que com as tendências de moda. Cada produto da Tenda de Retalhos é único e acompanha em suas TAGs sementes de ipês amarelos. A costura flui em cada momento de maneira diferente. Os tecidos se unem e formam um novo tecido, um mosaico cheio de riqueza e histórias e uma nova maneira de se expressar.

A produção tem início com a união dos tecidos. “Gosto da mistura, de risca de giz junto com uma estampa de oncinha, chita, xadrez, jeans junto com tecidos floridos. Assim que eles vão pegando uma forma eu os corto no molde do instrumento, violão, baixo, acordeom. Para dar resistência, um material mais grosso vai por baixo do patchwork, a napa, e nas bordas, para formatar a peça vai o vivo, aquele material mais durinho. Internamente, todas as capas são forradas com tecidos bem brasileiros, como a chita.”


“No processo todo eu uso duas máquinas de costura, uma Singer reta, que eu costuro os patchworks e uma máquina manual daquelas bem antigas, de pedal, que ganhei da minha avó. É com ela, pedalando, que eu faço o acabamento usando os materiais mais grossos (napa e vivo)”, diz Caroline Caron.

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