Acompanhe a entrevista!
Ilustradora de sonhos: como tudo começou
“Tenho uma relação tão afetuosa e natural com o desenho que é como se ele fizesse parte de mim, desde sempre. A minha atividade preferida, quando criança, sempre foi desenhar e fazia isso em todas as “superfícies brancas” que eu encontrava – cantinho de apostila, agenda de escola, cartinha de amigas, tela, paredes.
As disciplinas de desenho e estamparia me apresentaram um universo que até então eu desconhecia, até aquele momento eu só via o desenho como um hobby e uma distração gostosa. Então, no meu último período resolvi apostar as minhas fichas em um trabalho autoral que uniria essa habilidade desde menina – ilustrar – e tudo que eu havia aprendido na graduação de moda. Foi aí que eu comecei a trabalhar de forma autônoma, em 2011, e não parei mais”.
A inspiração presente nas pequenas coisas, nas grandes coisas
“Coisas simples e casuais me inspiram. Gosto de pensar que o processo de criar não precisa ser difícil ou complexo, e se ele for despertado com facilidade é porque estou no caminho certo.
Então posso dizer que o que me inspira a criar é a paz e a tranquilidade do meu dia-a-dia no atelier, perto das minhas flores, com o sol e o céu ao alcance dos olhos. Se estou onde quero estar, em um ambiente que me traz serenidade e alegria, está tudo perfeito – a “tal da inspiração” chega rapidinho!”.
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“Admiro muitos artistas mundo afora, eis aqui algumas das minhas paixões recentes: a delicadeza sutil da Laura Bernard, as formas e cartela de cores da Jess Phoenix, as caligrafias da Type Sundry, o realismo dos rostos de Elle Wills, as ilustrações e tatuagens maravilhosas da Luiza Oliveira (Blackbird), a arte de rua de tirar o fôlego e nos encher de orgulho do Kobra”.
O processo criativo da ilustração
“Meu primeiro passo é sempre de pesquisa, anotações e definição dos temas que ilustrarei.
Depois parto para a escolha da cartela de cores! Na minha última série de ilustras, aquarelei em magenta e azul, apenas.
Gosto de me desafiar e brincar com meu processo criativo, buscando evolução e fluidez, sempre sempre! Feito isso, me jogo no papel em branco, normalmente com lápis, aquarela, giz e guache.
Já me arrisquei em colagens de flores que eu mesma desidratei! Foi um processo mágico e delicioso. E também em colagem e fotografia, montando painéis com as flores, ervas e folhas por cima das minhas ilustrações de mulheres.
A mistura de botânica e ilustração, aos meus olhos é um casamento perfeito. O lettering também tem sido uma grande paixão!
Se puder deixar um recado para os criativos de plantão…
“Que sejam sonhadores e tenham fé. Aquilo que tanto sonhamos só nós mesmos podemos fazer, mais ninguém. Por isso não podemos deixar de acreditar, todos os dias.
O conceito de sucesso mudou, o que é sucesso para os outros pode não ser para nós. Então devemos seguir nosso coração e lutar muito para dar certo! E dará.
Empreender na área de criação é poder comprar o nosso próprio sonho (comprar a nossa própria briga!; fazer com as próprias mãos!), coisa que há pouco tempo atrás precisávamos convencer um investidor ou ter muito dinheiro para começar.
Hoje, muuuitos profissionais na área de criação, como eu, já podem tornar suas ideias rentáveis e com isso, deixar o mundo mais bonito. Acho que nós, empreendedores criativos, estamos batalhando arduamente por um mundo mais verdadeiro, leve e humano. E isso me orgulha muito!”.
Agora diga, Amanda Mol não é uma verdadeira ilustradora de sonhos? Inspire-se com as criações da artista disponíveis em sua loja e encante-se, assim como nós!