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Prova de amor? Nem rosas, nem diamantes

Mother with baby

A gente ouve, lê, fala e… ouve mais, lê muito e fala outro tanto sobre o amor.
O amor pelos filhos, pelos filhos dos filhos, pelos pais, pelos amigos, pelos namorados, parceiros ou amantes, enfim o amor direcionado a outro ser humano.

Aquele amor que faz a gente escolher o bife maior, mais suculento, recém-passado e apetitoso para colocar no prato de quem a gente ama.

Sabe quando está aquele frio medonho, de doer até os cílios? A gente leva um tempão para se aquecer depois do banho, mas quando o ser amado se deita nos oferecemos como aquecedor? É sobre amor deste quilate que estou falando. Do amor capaz de esquecer de si pelo bem estar do amado. O amor que sacrifica-se, que anda rápido para chegar mais cedo ou a tempo, o amor que sua, que resiste, que abre mão, que cede, que discorda mas concorda, o amor que envolve e liberta, que liberta para envolver, amor simples e complexo e nunca complicado.

Ladrilhar uma rua com pedrinhas de brilhantes para que o nosso amor pisoteie é uma ideia, literalmente, brilhante! Mas inviável, concorda?

Flores, viagens, surpresas com grifes e qualquer outro recurso precificado para demonstrar o nosso amor não se comparam a limpar a sujeira de quem se ama.

“Deixe que eu lavo.”
“Lustrei seus sapatos.”
“Arrumei a sua cama.”
“Limpei tudo pra você.”
“Removi a mancha da sua camisa.”
“Você encontrará tudo limpo e perfumado.”

Consegue perceber quanto amor existe nestas frases? Quantas pessoas limpariam o banheiro que você usa, gratuitamente, simplesmente para que encontre um espaço limpo? Impossível prova maior que esta!

Não por acaso encontramos, invariavelmente, as mães liderando as listas dos seres humanos com maior capacidade de demonstrar amor. É o amor que faz uma mãe encarar uma fralda cheia de cocô sorrindo a cantarolar meiguices. É ele, o amor “do bom”, que auto avalia resignadamente suas mãos mal tratadas pelo uso de produtos que limpam a sujeira da sua família.

Nenhum outro sentimento ou força da natureza tem a capacidade de sublimar, de aliviar e fortalecer o corpo e o espírito de quem segura mãos inertes na UTI, de quem dobra seus joelhos e roga aos céus proteção aos seus caros, de quem abre mão do tratamento dentário para presentear ou de quem justifica o injustificável para defender aqueles que hoje desprezam quem lhes serviu. Só o amor.

Quem recebe amor é um afortunado. É criatura privilegiada cuja existência por certo é mais leve. Quem ama conhece o grande mistério da vida que reconhece em servir o fundamento da existência fraterna. Quem ama genuinamente gera para si mesmo forças da verdade e do bem, que encorajam com sabedoria e dignidade.

Um beijo super carinhoso!

Administradora, leonina e eterna aprendiz. Fundadora do Supertalentosas.com.br, trabalha para valorizar o artesão e incentivar a produção artesanal profissional ou não. Acredita que o impossível acontece todos os dias, para alguém. Tem compulsão por tecidos estampados, fios macios, tintas coloridas e botões. Anda com pés descalços sempre que pode. Diogo, seu filho, diz que ela sempre sorri quando vê um bebê ou uma flor.

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