Artesanato está presente em minha vida desde sempre. Quando eu era bem pequena minha mãe já fazia parte de uma cooperativa de artesãos em Foz do Iguaçu (PR), onde cresci (nasci em Santos, mas morei em 8 cidades, então a pergunta ‘de onde você é?’ nunca teve resposta simples). Lá, trabalhavam com cerâmica, tricô, crochê, bordado, madeira e comidinhas (isso é o que me lembro) e muitas vezes as mães nos levavam para brincar com argila enquanto trabalhavam – o que era ótimo para todas as partes (imagina criança que tem o cotidiano no meio de barro e tinta à vontade! Melhor impossível!).
Imagino que o Seminário de Ecodesign oferecido no mestrado em Arquitetura Biodigital (em Barcelona) foi o que realmente me despertou para a atual condição: lá aprendi de fato quais procedimentos devem ser realizados para a produção sustentável em qualquer escala, além de outros valores a serem respeitados, como a responsabilidade social e remuneração justa. Sem contar o laboratório vivo que é – especialmente para uma amante de novidade – experimentar um ambiente multicultural, livre e inspirador.
Comecei desenvolvendo lembrancinhas de maternidade em quilling de jornal para uma amiga queridíssima e uma prima e fiquei surpresa (e feliz com o acerto intuitivo) ao ver numa publicação especializada que produtos reciclados são cada vez mais procurados pelos futuros pais nesse momento, pois vem uma vida da qual terão que cuidar num mundo escasso em recursos. E particularmente acho bastante prazeroso este trabalho conjunto com o cliente: se a graça do trabalho manual é justamente a originalidade, ver sua idéia concretizada provoca as melhores reações.
ndem muita inspiração e o conhecimento de novas técnicas para enriquecer a produção – assim como reavaliação do planejamento inicial e sua prática, uma constante em meu trabalho.
Nos primeiros trabalhos veio também a elaboração (em aperfeiçoamento diário) do método para facilitar a produção das peças (sou muito minuciosa e metodologia ajuda a ter bom resultado sem sofrimento), pois cada objeto surge da montagem de pecinhas que envolvem decisão (e testes) sobre dimensão do canudo (para dar maior resistência ao produto final – é mais trabalhoso, mas o resultado compensa) e do quilling final, pontos de contato, pintura (várias etapas para bom acabamento: muitos acreditam que a peça é de feltro!) e a adição de outro material – uso miçangas, fitas de cetim e galões do “arquivo” de minha mãe e penso em mesclar tecidos da mesma origem, assim como tecido feito com a condensação de sacolinhas de supermercado (que dá um resultado interessante) e já produzi a primeira leva de bolinhas e contas de jornal para fazer companhia à técnica básica.
Atualmente cuido da divulgação do trabalho, tanto produtos como ideologia, pois a aceitação não é fácil pelo grande preconceito com o material: até saberem que as peças são de papel vai tudo bem, mas é preciso convencer que são objetos duráveis (outro princípio de ecodesign), além de peças únicas pela produção artesanal. E preparo (reciclando mobiliário!) a mudança de espaço para breve: terei meu ateliê-escritório (até agora é em casa, com 2 espaços de trabalho e alguns de estocagem espalhados – e no meio virtual), de onde sairão mais novidades (num espaço de trabalho fica mais ágil o processo da produção e criação) e será possível conhecer pessoalmente criador e criatura.
Finalizando (ufa!), agradeço à Mônica pelo convite sempre simpático a expor os bastidores do nosso trabalho, atitude muito importante no nosso meio e que sempre traz novos ares para quem lida com criação.
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