Há horas na vida em que parece que nada dá certo e respirar fundo e recomeçar parece não ser uma alternativa muito fácil. Comecei minhas atividades artesanais há uns 8 anos, e quisera ter apontado num arquivo ou caderno alguns momentos em que tive vontade de literalmente desaparecer do planeta. É muito comum clicar em blogs e perfis de Facebook e encontrar dicas mirabolantes de como ter sucesso em 5 lições (sim, de 10 lições para 5, agora o processo é mais rápido e efetivo); uma infinidade de passo-a-passos no estilo “faça você mesmo”, relatos de experiências incríveis e resultados fabulosos. Quase como um capítulo de livro com o título “a vida como ela não é” e atire a primeira pedra quem nunca passou um aperto desgraçado, uma dificuldade tremenda ou teve vontade de largar tudo e se mudar para Marte!

Já tive experiências pseudo catastróficas; numa delas me preparei para apresentar meu trabalho (que julgava ser bom, mas era uma de média qualidade) a um designer de uma instituição renomada, e ele avacalhou comigo no mesmo ato. Eu sinceramente desmereço um profissional que é pago para capacitar artesãos e não o faz por preguiça ou qualquer outro motivo. Ah, mas a experiência humilhante me deixou um legado incrível, a vontade de vencer, de melhorar meu produto, mesmo que sem o auxílio do pseudo-incrível-profissional.  Noutra oportunidade, topei participar de um bazar, quando ainda em Brasília morava. Por dias e noites consecutivas costurei sem parar, eis que chegou o dia do bazar, sol maravilhoso a brilhar, bazar lindo e super organizado. Mas não havia público, o que dirá de vendas. Voltei pra casa com a caixinha vazia – prejuízo puro.

Recomeçar é um processo difícil. Quem trabalha com criação vai entender o que escrevo a seguir: a gente planeja um produto, demora pra executá-lo e deixá-lo “redondinho”, acha que será um baita sucesso e não rola a venda. Aí aquele outro produto que está deixado de lado, os clientes adoram e a gente fica sem realmente saber ou entender. E quando a gente resolve costurar aquele projeto incrível, e a peça simplesmente não sai porque a máquina de costura trava, o tecido é insuficiente, acaba a linha da bobina e todos os astros “conspiram” a nosso favor.

É certo, pra tudo há solução, basta termos o bom senso de parar, respirar, repensar a estratégia, respirar fundo e recomeçar. Ninguém gosta que as coisas não deem certo; no entanto, seguidamente acontece. O que não dá é pra desanimar, ou, pior, desistir. Recomece sempre aquele projeto que  não saiu exatamente do jeito que você planejou, reconsidere as ações, as palavras, as atitudes. Persistência é a palavra de ordem. #ficaadica

Lu Gastal

Mãe coruja, blogueira e dona do seu próprio negócio criativo, Lu Gastal não dá ponto sem nó. ↵↵Apaixonada por patchwork, quilting, tecidos coloridos e bonecas de pano, escreve um blog pessoal sobre todas as dores e delícias de empreender criativamente.↵↵

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