Eu acredito muito que não há idade para começar a empreender. Seguidamente reflito sobre quais foram meus primeiros movimentos empreendedores. Quando tinha lá uns 9 ou 10 anos, meu avô fazia uns suportes trançados pra pendurar samambaias. Pra me ensinar, ele montou uma placa de madeira com alguns pregos em cima e embaixo, e com fios de bordado nasceram pulseiras coloridas.
A lembrança não é tão clara, mas apareceram, não sei de onde, algumas meadas de linha em tons degradê, e descobri que dali nasciam pulseiras lindas, navegando entre os tons de cada cor. E pelas ruas da pequena cidade onde meus avós moravam eu vendia as pulseiras, não lembro para quem, mas recordo com nitidez que, com a receita, comprava picolé. Sim, essa era uma experiência empreendedora.
Depois a menina de alma inquieta seguiu alguns ensaios; vendi uma linha de shampoos maravilhosos (acho que só a minha mãe comprou!); fiz bordados em ponto cruz por encomenda, e já em tempos universitários datilografava (sim, é isso mesmo, do verbo ‘DATILOGRAFAR’) curriculuns vitae.
Na última semana o questionamento desse post veio à tona. Durante o evento Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, a americana de 10 anos Kylee Majkowski, fundadora da Tomorrow’s Lemonade Stand, palestrou para centenas de adultos, relatando a experiência de sua empresa, que capacita meninos e meninas de 7 a 11 anos, no intuito de fomentar a criatividade e tomada de riscos. Do sonho de ser princesa, decidiu ser chefe! E sabe qual foi a dica da pequena-grande-palestrante? “Encontre sua paixão e faça!”
Na criação das minhas filhas uma verdade sempre foi enfatizada: trabalho não é vergonha, e através dele que conquistamos os mais diversos desejos. Não vejo mal algum em incentivar uma criança a empreender, seja vendendo sucos, cookies, bolo – pelo amor da minha paciência, não venha falar em trabalho infantil! Criança pode, sim, entender a procedência do dinheiro, e nós, adultos, podemos ensiná-las a pescar, ao invés de simplesmente entregar os peixes! Ensaios caseiros de empreendedorismo – bem vindos à vida real!
Você já pensou no que dizer à vovó, tia ou vizinha que, depois de aposentadas, sentem-se desocupadas? E se elas têm o dom de fazer aquele bolo maravilhoso ou um pano de cozinha com bordas de crochê, não seria uma oportunidade de mercado? Inúmeras são as possibilidades de empreender, seja qual for a sua idade! Importante é começar lentamente, pesquisar possibilidades e necessidades de mercado, se qualificar para reduzir as chances de erro. Inúmeras são as alternativas de pesquisa quando o tema é sobre como empreender – temos na web cursos e informações dos mais variados temas, sem falar nos cursos excelentes (gratuitos, e à distância) disponibilizados no site do Sebrae.
Nunca será cedo para tentar, nunca será tarde para começar!
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