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Artesãs empreendedoras têm licença-maternidade!

Por Ju Padilha

Olá! Para quem costuma acompanhar o blog, já nos encontramos em post anterior sobre “Mães Criativas”. Sim, sou mãe de Francisco, que tem 8 meses e sou criativa, muito, chega a ser uma inquietação tantas ideias que me aparecem. Algumas foram colocadas em prática e desde 2010 gerencio o ateliê Ju Padilha, que passou a ser meu trabalho, deixando para trás 8 anos de sala de aula com o ensino de Geografia. Mas aqui estou para escrever um pouquinho sobre maternidade, negócio craft e como tudo isso funciona no cotidiano de uma mãe-empreendedora-faztudo-sonhadora! Espero que gostem e que seja uma oportunidade para conhecer outras tantas histórias!

E para esta estreia, que tal falarmos de Licença-Maternidade? Melhor ainda se for Licença-Maternidade para autônomas? Afinal ter um negócio próprio exige muito trabalho, inúmeras decisões e tantas preocupações, mas ter a licença-maternidade  não precisa ser uma destas preocupações e pode ser garantida para todas as autônomas, inclusive para quem tem um pequeno negócio e trabalha em casa mesmo, como eu.

Minha experiência

Bom, no meu caso, a decisão em deixar de ter a carteira assinada veio muito antes da maternidade e se na época eu pensasse em ter filhos, confesso, que não sei se teria coragem de largar tais benefícios. Quando se trata de filhos a gente tem muitos receios…

Mas como tudo em nossa vida tem um motivo de ser e nada acontece fora da hora, mesmo que pareça acontecer tudo ao mesmo tempo, a gente se organiza!

Com muito trabalho o negócio vingou, estava trabalhando integralmente com minhas criações e na sequência, resolvi formalizar minha pequena empresa. Fiz o registro da empresa no MEI, via SEBRAE, minha intenção, naquele momento era ter a oportunidade de recolher o INSS, pagar meus impostos, declarar meu IR, abrir conta jurídica, pedir maquininha de cartão, emitir nota fiscal e eventualmente, poder contar com a licença maternidade.

E não foi que o “eventualmente” chegou antes do que eu imaginava?! Em janeiro de 2012 me descobri grávida! Planos tiveram de ser adiados, mas com o devido respaldo! Tive 120 dias de licença, recebendo 1 salário mínimo, que não era muito, mas ajudava bastante, pelo menos a manter uma certa tranquilidade!

Como pôr em prática

Para contar com este benefício, é necessário ter pelo menos 10 meses de contribuições para MEI, com pagamentos em dia. Com horário agendado em um dos postos do INSS, é só levar a certidão do pequeno, mais os documentos da empresa e pronto, benefício garantido! Se a mãe não tiver disponibilidade de ir pessoalmente ao INSS, em função dos cuidados com o recém-nascido, é possível que um procurador a represente, desde que haja o documento que reconhece o procurador assinado em cartório. E o melhor, dá para fazer tudo via internet, é só entrar no Portal do Empreendedor e clicar na opção “MEI – Micro Empreendedor Individual”.

O melhor de tudo? Sendo autônoma e dona de seu próprio negócio,  a mãe tem a chance de ver seu filhote crescer de perto. Tudo isso dá muito trabalho, mas como disse, a gente se organiza, pede prazos maiores, aproveita o horário da soneca, coloca música para entreter o filhote e vamos criando… O filho e tudo o que a criatividade nos permitir!

Portanto, se você tem um pequeno negócio, pense em formalizá-lo, mais do que se profissionalizar, você terá todos os direitos garantidos, afinal, a gente nunca sabe o que o dia de amanhã nos reserva!

Por aqui, sigo com minhas fitinhas, tecidos, máquina de costura, mais os sorrisinhos do Francisco e muitos cheirinhos no cangote! Até o próximo capítulo da série (ou saga?)!

Ju Padilha tem mãos que amam o fazer artesanal, em especial o trabalho com fitas. É formada em História pela UNESP e tem pós em História da Arte pela FAAP, produz acessórios de cabelos bem contemporâneos no Ateliê Ju Padilha, mas sua maior alegria é cuidar do filhote Francisco.

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