Aqui no Elo7 o que não faltam são histórias inspiradoras de lojistas que resolveram empreender para poder acompanhar o crescimento de seus filhos e poder educá-los de perto. A Karen Abe, criativa por trás das marcas Caramelito e La Botika nos conta como surgiram as marcas e como lida com os desafios da maternidade e empreendedorismo.
Ao retornar da licença-maternidade, no início de 2015, Karen Abe teve uma surpresa: sua mesa não existia mais. “Fui dispensada e fiquei completamente perdida, deprê mesmo. Eu era muito workaholic e foi como se tivessem me dito: você não serve mais”, conta. Ela coordenava a área de mídia da Shop2gether e chegou a chefiar um time de 12 pessoas, mas foi perdendo funções e subordinados ao longo da espera pela filha Júlia. “Diziam que era para que eu tivesse uma gravidez mais calma.”
Sem emprego e inquieta em casa, Karen, decidiu comprar uma máquina para costurar babadores, almofadas e outros itens que a filha precisava. A produção acabou virando negócio e surgiu então a marca Caramelito no Elo7.
Assim como Karen, mais da metade (55%) das empreendedoras brasileiras são mães e, destas, 75% começaram a empreender após a chegada dos filhos, segundo pesquisa divulgada no fim do ano passado pela Rede Mulher Empreendedora (RME), que ouviu 800 mulheres pelo país. Também como ela, quase metade (48%) das mães perde o emprego em até um ano após tirar a licença-maternidade, conforme outra pesquisa de 2017, feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com 247 mil mulheres.
Dados do Sebrae mostram que a fatia das mulheres que abrem um negócio por necessidade é maior do que a dos homens: 48% contra 37%. Os números são de um estudo feito em 2016 com 2 mil entrevistados.
Segundo a Heloisa Mendes, diretora técnica do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), é crescente o número de mulheres que veem na maternidade uma oportunidade de começar uma atividade nova. Ela cita o exemplo de uma empreendedora que criou uma espécie de lençol absorvente depois de observar como as fraldas dos bebês vazam à noite. “São pessoas que acabam empreendendo para dar vazão a uma ideia que não teriam se não fossem mães”, diz.
Muitas mães acabam deixando o mercado de trabalho por conta da dificuldade em conciliar a rotina corporativa com o cuidado dos filhos, um papel que em muitas famílias ainda é concentrado na figura da mulher. Pesquisa da Catho divulgada neste mês aponta que o percentual de mães que saem do emprego para se dedicar aos filhos é quatro vezes maior do que o de pais: 30% contra 7%. O levantamento ouviu 5 mil pessoas.
A pesquisa da Catho mostra ainda que as mulheres demoraram mais para se recolocar no mercado. Entre os homens que deixaram o trabalho para cuidar dos filhos, 33% voltaram a trabalhar em menos de 6 meses, contra 8% das mães. Por outro lado, 52% delas demoraram entre 1 e 3 anos para conseguir uma nova vaga, contra 20% deles.
Júlia, a filha de Karen Abe, está com 3,5 anos. Elas ficam juntas pela manhã, depois a pequena vai para a escola enquanto a mãe trabalha. À noite depois que ela dorme, Karen continua trabalhando.
A Karen complementa: “São horários totalmente diferentes, mas que funcionam para mim. Trabalho muito, mas não tenho vontade de voltar para o mercado porque não conseguiria essa flexibilidade e essa qualidade de vida”.
Fonte: G1/Globo
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