Home | Bebê e Infantil | Introdução alimentar do Levi: vamos por partes!

Introdução alimentar do Levi: vamos por partes!

Levi está comendo.

Eu fico chocada todas as vezes que eu vejo o Levi com comida na mão. 

Esse é um dos assuntos que eu mais recebo no Instagram, porque realmente muda tudo, desde o cocô até a dinâmica do nosso dia a dia.

Então, vamos por partes!

A introdução alimentar do Levi

Uma dica que eu dou é respeitar o tempo de cada bebê.

Isso significa ter os sinais de prontidão, como sentar com o mínimo de apoio, apresentar controle da cervical, levar objetos à boca e demonstrar interesse pelos alimentos dos adultos, além de ter no mínimo seis meses de idade. Como tudo até agora, nós esperamos o momento do Levi, que foi mais ou menos pela idade corrigida, e não pela idade biológica. Respeitar o tempo do bebê faz ser melhor pra todo mundo.

Outra coisa é começar isso com baixa expectativa.

Isso deixou o processo muito mais leve. Coloquei uma banana na frente do Levi e deixei, sem saber se ele ia comer, se ia jogar no chão ou esfregar na cara. Uma dica que eu posso dar é que a introdução alimentar é exatamente isso: introdução. Não quer dizer que de repente seu filho vai começar a comer. Inclusive acho que deveria se chamar apresentação alimentar. Porque é tudo muito novo, não é à toa que bagunça o sono deles, afinal, além de estarem descobrindo texturas e sabores depois de seis meses se alimentando só de líquidos, é uma rotina nova.

Eu fiz recentemente um curso da bebedenutri. Valeu super a pena, porque além de ter uma linha muito tranquila, ela também é muito humana, bem respeitosa com o bebê, que é o que nós queremos. Então a linha dela fala sobre ir apresentando alimentos para o bebê aos poucos, começando por aqueles que têm menor chance de provocar alguma reação alérgica. Os primeiros alimentos que apresentamos foram as frutas e depois tentamos encaixar uma refeição principal, aí um dia eu estava fazendo alguns legumes no forno, que eu tinha cortado em palitos e ainda não tinha posto sal, e decidi fazer a tentativa de dar pro Levi. Confesso, foi uma bagunça a mais, mas teve um lado muito bom que foi estabelecer uma rotina mais fixa pra gente.

A linha que resolvemos seguir foi mais ou menos a BLW (baby-led weaning), que é uma abordagem em que o bebê tem o seu desenvolvimento, ritmo e autonomia respeitados, para que o Levi pudesse começar a desenvolver o seu paladar e sensação de estar saciado. Eu digo mais ou menos porque estamos fazendo isso de forma mesclada, dando também alimentos amassados na colher. O levi não come só com as mãos, mas tentamos que a maioria das refeições seja assim.

Dou a dica de dar alimentos que o bebê consiga segurar na mão sem quebrar ou amassar, mas que não sejam difíceis de mastigar, para que eles possam ter a experiência. Alimentos como tomate e pepino, por exemplo.

Para a introdução nós começamos com o que temos aqui, compramos poucas coisas. Num geral não damos a comida em pratos; colher nós usamos a nossa própria colher de sobremesa e usamos copinhos de shot. É mais importante ter essa disponibilidade e paciência do que ter muitas coisas. É muito mais simples do que a gente imagina. 

Os babadores eu acho importantes, porque vai sim fazer uma bagunça. E quanto menos você estiver preocupada em limpar na hora, mais você e o bebê vão aproveitar. Nós não usamos muito os de manga, porque o Levi se sentiu desconfortável. Tudo o que você usar deve deixar o bebê confortável. Uma dica que eu dou é usar os tapetinhos BLW.

Uma coisa que eu acho importante trazer é que tem muita expectativa sobre falar de introdução alimentar porque a amamentação cansa e nós pensamos que vamos ter uma folga. Isso não aconteceu tanto aqui no primeiro momento, agora ele deu uma diminuída nas mamadas da noite. Uma rotina que ele estabeleceu é a mamada depois do almoço, logo após o banho e antes da soneca. Outra coisa que percebemos é que ficou mais fácil entender quando é fome e quando é colo. Mas nós seguimos respeitando o tempo dele, e a amamentação segue normal.

Também acho importante dizer que até chegarmos nisso tudo que eu trouxe aqui, foi uma longa jornada. Foram muitos testes até o Levi começar a comer e nisso descobrimos que não é só o sabor que influencia. Pode ser a textura, a temperatura e até mesmo o dia. Percebemos também que quando o Levi está com fome, ele não come. A interação dele com a comida se dá de forma muito mais leve depois de uma mamada rápida.

Isso tudo tem sido muito legal pra gente e refletiu também nos nossos hábitos, por exemplo, não usamos mais o celular na mesa e quando vamos filmar, tentamos fazer isso da forma mais discreta possível, para não distrairmos o Levi e para podermos prestar mais atenção nele.

Enfim, faz uma bagunça no começo, na rotina, em nós e bagunça no sentido literal também. Mas, sempre fica pior antes de melhorar.

Babadores que o Levi usa no vídeo acima:

Aurora Senhora

Studio Grazi

Carina Tomida

Veja mais posts da Isa e acompanhe essa jornada de maternidade real aqui!

Uma mulher ex-especialista de sistemas, hoje fotógrafa, escritora, life Coach pós graduando em Psicologia Positiva, podcaster e youtuber. Casei com o meu melhor amigo barbudo, gaúcho do interior e produtor musical chamado Fábio, que quase não dá bola pra essa coisa internética e vive de chinelo no pé.

Veja mais posts deste autor.